Elizabeth dá a entender que Rangel tenta ‘travar’ recursos do Estado para PG por vingança política
A prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (União Brasil), fez uma declaração nas redes sociais em que deixa claro que um grupo que perdeu a eleição em 2024, está tentando “travar recursos do Estado para a cidade”, por motivos políticos e pela derrota nas urnas.
Apesar de não citar o nome do político, a prefeita deixa claro que se trata do deputado Marcelo Rangel (PSD), quando menciona que “em Maringá o candidato de Ratinho Jr (PSD) também perdeu a eleição” e “Maringá está recebendo recursos do estado”.
“Lembrando ao povo trabalhador da nossa cidade: tanto em Maringá quanto em Ponta Grossa, os candidatos do governador Ratinho Junior foram derrotados nas urnas. Qual a diferença do paranaense de Maringá e do paranaense de Ponta Grossa?”, questionou a prefeita.
Elizabeth parabenizou o prefeito de Maringá, Silvio Barros, pela conquista de recursos. E lembrou que Ponta Grossa sofre para receber R$ 60 milhões do Estado destinados à pavimentação, do lote de R$ 160 milhões.
“Maringá ganhou mais R$ 450 milhões em obras de infraestrutura, parabéns ao amigo prefeito Silvio Barros. Aqui em Ponta Grossa a luta é grande pra liberar os últimos R$ 60 milhões, do lote de R$ 160 milhões, de projetos protocolados em fevereiro para o programa Asfalto Novo, Vida Nova”, disse.
Segundo a prefeita, políticos derrotados na eleição de 2024 estariam tentando travar recursos do Estado para a cidade. “A pergunta que fica no ar é: quem trava os investimentos do Estado em Ponta Grossa? Temos projetos e riqueza sendo gerada pra fazer o Paraná voar. Por que tanta perseguição? Quem luta contra PG?”, questionou Elizabeth Schmidt.
Historicamente, a cidade de Ponta Grossa já foi piada na Assembleia Legislativa, no Governo e na capital, quando contava com três deputados que brigavam entre si e quase sempre pupilos dos governadores, com apenas uma exceção, daí a frase: “um pede recurso pela manhã, outro vai a tarde e pede pra não mandar o recurso”.
Desta vez a afirmação da prefeita envolve os seus ex-companheiros Sandro Alex e Marcelo Rangel, ambos do PSD, que foram derrotados por Elizabeth na eleição de 2024, especificamente Rangel.
Como já é do conhecimento da população, o grupo rachou em fevereiro de 2024 e Rangel decidiu disputar a prefeitura novamente.
Elizabeth diz ter sido “traída por Rangel”. Por outro lado, o deputado afirma que “não foi respeitado pela prefeita” e que não concorda com a gestão da prefeita”, embora só disse isso no último ano do primeiro mandato de Elizabeth e antes apoiava tudo que a prefeita fazia.
Rangel foi o candidato do governador Ratinho Jr e ficou em terceiro lugar. Rangel e seu irmão, Sandro Alex, dizem que são “amigos pessoais do governador”.
E Elizabeth teve o apoio do senador Sergio Moro (União Brasil) e que pretende disputar do governo do estado. Ratinho Jr pode lançar o presidente da Assembleia, Alexandre Curi ou o secretário das Cidades, Guto Silva.
Caso isso se confirme em 2026, a prefeita novamente estará em lado oposto ao governador Ratinho Jr.
Após a reeleição, a prefeita teve dificuldades até mesmo de marcar reunião com o governador. Nos corredores da “Rádio Peão do Iguaçu”, circula a informação de que “os manos tentam boicotar a prefeita em tudo que envolve o governador”. Será que isso é verdade?
O fato é que se isso for verdadeiro, o boicote é contra cidade. E seria vergonhoso, caso seja verdade, o governador Ratinho Jr se prestar a esse tipo de papelão, principalmente um governador que se coloca como pré-candidato ao cargo de presidente da República.
Promessa do asfalto 100%
Na eleição de 2020, Ratinho Jr esteve em Ponta Grossa, ao lado de Elizabeth, Rangel e Sandro, prometendo “100% de asfalto na cidade, caso Elizabeth fosse eleita, promessa que não foi cumprida por nenhum deles. Mas na linguagem de Ponta Grossa: “o que teve de tongo veio que acreditou nisso”.
Recentemente, em entrevista ao Portal Mareli Martins, a prefeita disse que “Ratinho Jr foi quem prometeu 100% de asfalto” e que ele “não colaborou o suficiente para asfaltar a cidade em 100%”.
Veja a publicação da prefeita
Quem perde com isso?
A população de Ponta Grossa é a maior prejudicada com brigas por poder (brigas pessoais). A cidade precisa com urgência de novas lideranças políticas, visto que é quase impossível “reciclar” ou “melhorar” políticos que já não tem mais salvação e tem um que já está “a beira da morte”, quando se trata da eleição do ano que vem. E o mesmo ocorre no Paraná e no Brasil quando falamos na necessidade de novas e boas lideranças políticas.
A prefeita pergunta: “quem luta contra PG?”. E a população questiona: “e quem luta pela cidade?”
Rangel se uniu com família Canto, mas não quer encerrar brigas com Elizabeth
De acordo com Marcelo Rangel, todas as brigas com a família Canto ficaram no passado e agora eles vivem em paz!
“Brigas e birras são momentâneas, a cidade tem que se acostumar com resultados. Com essa entrada da Mabel no nosso grupo, que nos permitimos, foi possível esses cem mil para asfalto. Nós trabalhamos para os nossos eleitores que confiam em nós e eu estou muito confortável com a Mabel no nosso grupo. E quando andamos nas ruas nós somos muito populares, tanto eu quanto a deputada Mabel. Então deixamos o passado de lado e passamos o borracha em tudo que passou”, afirmou.
Tudo indica que essa suposta “união” entre as famílias Oliveira e Canto tem a ver com articulação para a eleição municipal de 2028.
E não podem passar uma borracha nas brigas com a prefeita Elizabeth?
Marcelo Rangel disse que está unido com Mabel e a família Canto por conta da cidade e em busca de resultados de trabalho. Mas o Portal Mareli Martins questionou o deputado se não é possível usar esse mesmo raciocínio “pelo bem da cidade”, para passar uma borracha nas brigas com a prefeita Elizabeth? O deputado declarou que isso não é possível.
“Um das coisas que eu mais me arrependo na vida pública é de ter indicado a prefeita e por ter sido responsável por eleger a prefeita, no passado, pois ela não foi coerente com a população e não respondeu à altura da cidade de Ponta Grossa. Então não é questão de fazer as pazes e sim de posicionamento, eu não sou favorável a essa gestão”.
Rangel reclamou do tratamento que recebe da prefeita: “comigo ela é mal educada e uma professora não poderia ser assim”.
