Problemas na BR 376: secretário de Infraestrutura diz que ANTT deve fiscalizar e aplicar sanções


Questionado pelo Portal Mareli Martins sobre a situação precária da BR 376, especificamente na rodovia do Café, o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, disse que “a responsabilidade pela fiscalização é da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)”. A declaração do secretário ocorreu nesta terça-feira (21), após denúncias sobre problemas de estrutura na rodovia.
A situação da BR-376, a Rodovia do Café, está precária, principalmente nos trechos entre Ponta Grossa e o Norte do estado. Falta manutenção por parte da concessionária CCR PRvias (antiga Rodonorte), que começou a cobrar os pedágios sem deixar as rodovias com condições adequadas, como previa o contrato.
A BR-376 está cheia de buracos, sem sinalização e com trechos perigosos. Mesmo assim, a ANTT autorizou a cobrança.
A Rodonorte foi uma das empresa que confessou corrupção no modelo anterior de pedágios.
Vale lembrar que o modelo de pedágios foi firmado em conjunto entre os governos de Lula (PT) e de Ratinho Jr (PSD), ou seja, pelos governos federal e estadual.
“Todos podem e devem cobrar, os cidadãos, a imprensa, os deputados e os governos, essa é uma rodovia federal, seria o governo federal, mas vamos cobrar. No entanto, a responsabilidade de aplicar as sanções é da ANTT, responsabilidade de fiscalização e vistoria. São eles que aplicam as sanções por lei, tenho certeza de que a ANTT vai se posicionar”, disse o secretário Sandro Alex.
O Portal Mareli Martins fez questionamentos ao secretário Sandro Alex sobre a responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura e Logística, levando em conta que o contrato foi firmado entre os governos federal e estadual.
“Sempre estamos cobrando a ANTT e nós também fazemos cobranças, mas nós não cobramos a empresa e sim a ANTT, que é responsável por fiscalizar e aplicar as sanções”, declarou o secretário.
Nesta semana o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSD) denunciou a cobrança irregular de pedágio e pediu fiscalização por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
“Os usuários confiam nas agências reguladoras como se elas estivessem fiscalizando. Mas o que vemos é um verdadeiro caos. Quando chove, a pista fica sem visibilidade e há risco constante de acidentes”, alertou o deputado Romanelli.
O deputado Romanelli explicou que “o contrato firmado com a concessionária CCR PRVias Motiva previa uma série de obrigações antes do início da cobrança da tarifa, como pavimento em boas condições, ausência de buracos, sinalização vertical e horizontal adequada, além da limpeza das áreas das praças de pedágio”.
Nenhum desses requisitos, segundo ele, foi cumprido.
E os deputados de Ponta Grossa? Por qual motivo não denunciaram a situação?

É preciso registrar, que o deputado Romanelli não é de Ponta Grossa e mesmo assim denunciou a situação, algo que deveria ter sido feito pelos deputados de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSD) e Mabel Canto (PP), que são do mesmo grupo e integram o grupo de apoio do governador Ratinho Jr.
Este é um entre tantos exemplos que mostra a falta de bons representantes que a cidade de Ponta Grossa enfrenta.
Somente após a denúncia feita por Romanelli, os deputados de Ponta Grossa se manifestaram, ou seja, pegaram carona na reclamação e no discurso feito por Romanelli, que também enviou um pedido de explicações para a ANTT. E por se tratar de um modelo de pedágio feito entre os governos federal e estadual, o deputado federal Aliel Machado (PV) também tem o dever de cobrar o governo federal.
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