Close
Destaque Eleiçoes 2026 Paraná

Romanelli defende candidatura de Ratinho Jr à Presidência da República

Romanelli defende candidatura de Ratinho Jr à Presidência da República
  • Publishedoutubro 30, 2025
Romanelli defende candidatura de Ratinho Jr à Presidência da República.

A sucessão presidencial de 2026 começa a ganhar contornos mais definidos — e surpreendentes. Em meio às especulações e aos tradicionais “balões de ensaio” que marcam o pré-ano eleitoral, o nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), desponta como possível aposta do partido para enfrentar o presidente Lula (PT) nas urnas.

Quem levanta essa possibilidade é o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD), líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná, em entrevista ao Portal Mareli Martins.

Romanelli não apenas considera Ratinho Jr. um “excelente candidato”, como afirma que ele teria condições de oferecer ao Brasil um “debate diferenciado”, longe da polarização que tem marcado a política nacional nos últimos anos.

“Ele tem cabedal para disputar a eleição, tem conhecimento, estrutura, robustez política”, afirmou o parlamentar, destacando que o governador aparece bem nas pesquisas nacionais e é bem referenciado fora do Paraná.

A possível candidatura, no entanto, depende de uma série de fatores, como o espaço político dentro do PSD — partido comandado nacionalmente por Gilberto Kassab — e as articulações com outras lideranças, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

“É um processo complexo, envolve outras forças políticas, toda uma concepção”, ponderou Romanelli, sem cravar se Ratinho Jr. realmente deixará o governo para disputar o Planalto.

Mas se o PSD ainda avalia seus movimentos, o campo bolsonarista parece viver um momento de desorientação. Com o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível, a direita busca um novo nome para representar seu projeto político.

E, segundo Romanelli, o maior cabo eleitoral de Lula neste momento é ninguém menos que Eduardo Bolsonaro. “O Lula, hoje, o camisa 10 do time do Lula é o Eduardo Bolsonaro”, ironizou o deputado. “O que esse moço fez? O Lula estava numa situação política ruim… Ele ajudou a mudar a política do Brasil nos últimos meses, é impressionante.”

A frase, carregada de sarcasmo, reflete o sentimento de parte da classe política diante das declarações e atitudes do filho do ex-presidente, que, ao invés de fortalecer a oposição, teria contribuído para melhorar a imagem de Lula.

“Inclusive parece que teve uma química entre eles ali”, brincou a jornalista Mareli Martins, ao comentar a foto em que Lula aparece sorridente ao lado de Donald Trump, durante um evento internacional. Romanelli completou: “O ex-presidente Bolsonaro estava consternado, impactado, uma decepção com aquilo tudo.”

Nesse cenário, Ratinho Jr. surge como uma alternativa viável para a oposição, especialmente por seu perfil técnico, sua capacidade de gestão e o distanciamento da retórica extremada que marcou o bolsonarismo.

Para Romanelli, o governador poderia representar uma nova forma de fazer política, mais centrada em propostas e menos em embates ideológicos. “A política está vivendo um momento diferente”, avaliou.

Ainda assim, o deputado reconhece que tudo pode mudar. Ratinho Jr. pode optar por disputar o Senado ou até mesmo não concorrer a nenhum cargo, dependendo das circunstâncias e das decisões internas do PSD, bem como da escolha a ser feita pelo ex-presidente Bolsonaro como seu candidato.

Mas o fato de seu nome estar sendo ventilado já indica que o partido busca protagonismo nacional — e que o Paraná pode ser um centro de decisões estratégicas para o futuro do país.

Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro segue firme em sua missão involuntária de fortalecer o adversário. Se continuar assim, talvez o PT devesse considerar uma homenagem ao deputado por serviços prestados à reeleição de Lula. Afinal, como ironizou Romanelli, “o camisa 10 do time do Lula” não veste vermelho — mas tem ajudado como poucos.

A sucessão ao governo do Paraná em 2026 deve ser disputada entre Alexandre Curi e Guto Silva, ambos do PSD, diz Romanelli

A corrida pela sucessão ao Palácio Iguaçu ganhou novos contornos após declarações do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD), líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), em entrevista ao Portal Mareli Martins, ontem, na estreia do programa de entrevistas comandado pela jornalista.

Questionado sobre quem será o candidato do grupo governista — se o presidente da Assembleia, Alexandre Curi, ou o secretário das Cidades, Guto Silva — Romanelli evitou cravar um nome, mas destacou que ambos são “excelentes opções” e que a escolha caberá ao governador Ratinho Júnior, considerado o maior líder do PSD no estado.

Segundo Romanelli, Guto Silva possui um perfil técnico e estratégico, com forte atuação na concepção do modelo de gestão atual. “Foi chefe da Casa Civil, deputado estadual, secretário do Empreendimento e agora das Cidades. Tem um desenvolvimento intelectual acima da média, conhece profundamente as políticas públicas e tem ligação próxima com o governador”, afirmou.

Já Alexandre Curi, conforme o deputado, representa a força política tradicional e a capacidade de articulação. “É um talento da política, trabalha de forma inesgotável e representa bem a política de maneira geral”, disse.

Apesar de mencionar o nome do ex-prefeito de Curitiba, Rafael Greca, como uma figura de peso dentro do partido, Romanelli reconheceu que a disputa interna está centrada entre Curi e Silva. “Hoje mesmo a discussão está entre Alexandre Curi e Guto Silva”, pontuou, descartando Greca como opção direta de Ratinho Júnior para a sucessão.

As falas de Romanelli reforçam o clima de expectativa dentro do PSD, que busca manter a unidade e a continuidade do projeto político iniciado por Ratinho Júnior. Em entrevistas recentes ao Portal Mareli Martins, tanto Curi quanto Silva demonstraram alinhamento com o atual governo e disposição para assumir o desafio.

Curi destacou a importância da união partidária e da continuidade das políticas públicas, enquanto Silva afirmou que “o Paraná está no caminho certo” e que pretende seguir com os avanços conquistados nos últimos anos.

A escolha do candidato deve considerar não apenas o perfil técnico e político, mas também a capacidade de mobilização dentro do partido e junto à base aliada. Curi, com sua longa trajetória na Assembleia e habilidade de articulação, pode representar a estabilidade institucional. Silva, por sua vez, traz a marca da inovação e da gestão moderna, características valorizadas pelo atual governo.

Nos bastidores, lideranças do PSD avaliam que a definição deve ocorrer até o primeiro semestre de 2026, com base em pesquisas internas, articulações regionais e o aval direto de Ratinho Júnior. A expectativa é de que o nome escolhido consiga manter o alto índice de aprovação do atual governo e consolidar o projeto político do partido no estado.

Há ainda o nome do senador Sergio Moro (União Brasil), tido como de peso, mas que enfrenta resistência dentro da Federação União Progressista.

Enquanto isso, o cenário segue em ebulição, com movimentações estratégicas e discursos públicos que revelam mais do que aparentam. A sucessão ao governo do Paraná promete ser uma das disputas mais relevantes do próximo ciclo eleitoral, com reflexos diretos na configuração política nacional.

 

Com a colaboração de Eder Carlos Wehrholdt, estagiário de Jornalismo, conforme convênio de estágio firmado entre o Portal Mareli Martins e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

 

Deixe uma resposta