Close
Destaque Eleiçoes 2026 Paraná POLÍTICA

PP do Paraná veta candidatura de Sergio Moro ao Governo do Estado

PP do Paraná veta candidatura de Sergio Moro ao Governo do Estado
  • Publisheddezembro 8, 2025
PP do Paraná veta candidatura do senador Sergio Moro (União Brasil) ao Governo do Estado: em meio à debandada interna e pressão do governo Ratinho Júnior, presidente do PP tenta retirar senador da disputa.

O senador Sergio Moro enfrenta uma barreira dentro da Federação União Progressista (formada pelos partidos União Brasil e Progressistas) para que possa lançar sua candidatura ao Governo do Paraná, nas eleições de 2026. Ocorre que o Progressistas (PP) do Paraná decidiu não homologar a candidatura de Moro.

Nos bastidores dessa batalha de Moro está o já conhecido articular deputado federal Ricardo Barros (PP), que deixou claro que não pretende facilitar a vida do ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro do governo Bolsonaro.

“O Diretório Estadual do Progressistas aprovou nesta segunda, por unanimidade, esta posição. Havia uma expectativa de que pudéssemos nos entender por um Brasil aqui no Paraná, mas isso não ocorreu ao longo desses sete meses, desde que a federação foi anunciada. Então, como para encaminhar um registro de chapa é preciso a assinatura do presidente Ciro Nogueira e do presidente Rueda Antônio Rueda, presidente do União Brasil), no momento a nossa federação não tem consenso para registrar uma chapa majoritária”, afirmou Ricardo Barros.

Ricardo Barros lembrou que o PP do Paraná tem outros nomes que podem disputar o Governo e citou o nome de sua esposa, a ex-governadora Cida Borghetti.

“Nós já havíamos aprovado anteriormente, pela executiva, a candidatura da nossa governadora Cida Borghetti. Temos lideranças importantes do Paraná procurando por nossa federação para, eventualmente, na saída do senador Sérgio Moro, poder disputar pelo partido. E podemos apoiar também os outros que já se posicionaram. O governador Ratinho vai ter um candidato e certamente vai nos convidar para apoiá-lo, como já somos base do governo”.

O senador Ciro Nogueira fez questão de mencionar a força de Ricardo Barros no partido: “costumo dizer que o Ricardo comanda o partido comigo a nível nacional, imagine no Paraná.”

Nos bastidores, aliados apontam que o caminho será junto ao governador Ratinho Jr (PSD), ou seja, o PP deve apoiar o candidato do governador, Alexandre Curi |(presidente da Assembleia Legislativa do Paraná) ou Guto Silva (Secretário das Cidades).

A pré-candidatura de Moro provocou um impacto imediato na estrutura da federação no Paraná. Cerca de 60 prefeitos se desfiliaram do União e PP nos últimos meses, e dois deputados federais deixaram as siglas — Filipe Francischini, ex-União, e Pedro Lupion, que migrou do PP para o Republicanos.

A avaliação interna é que manter Moro na disputa aprofundaria o isolamento político da federação e prejudicaria o desempenho das chapas proporcionais em 2026, razão pela qual a cúpula passou a defender uma reorganização.

 

“Nosso compromisso é com a boa gente do Paraná e não com interesses particulares”, diz Moro

Por meio do X (antigo Twitter), Sergio Moro se manifestou dizendo que tem gente agindo por “interesses particulares”, alfinetando Barros.

“Política se faz com diálogo, respeito e não com vetos ou imposições arbitrárias. O Paraná anseia a boa política para a modernização que o estado e a sua população merecem. O União Brasil Paraná segue, como autorizado pelo presidente nacional, com a sua candidatura e com o diálogo com os Progressistas. Nosso compromisso é com a boa gente do Paraná e não com interesses particulares. Nossos únicos adversários são o PT, o atraso e o crime organizado.”

Também pelo X, presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, disse que a decisão do PP do Paraná é arbitrária.

“O União Brasil tem o Senador Sergio Moro, líder absoluto em todas as pesquisas, como pré-candidato ao Governo do Estado do Paraná e irá insistir na homologação da candidatura. A intenção é de dialogar com o Progressistas no âmbito da Federação, buscando o melhor para o Paraná e também para Federação. A imposição de vetos arbitrários é inaceitável.”

Deixe uma resposta