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Vereador denuncia falta de ambulâncias do SAMU em PG; CIMSamu nega redução e diz que frota está acima da média

Vereador denuncia falta de ambulâncias do SAMU em PG; CIMSamu nega redução e diz que frota está acima da média
  • Publishedoutubro 27, 2025
Vereador denuncia falta de ambulâncias do SAMU em PG; CIMSamu nega redução e diz que frota está acima da média.

O vereador Geraldo Stocco voltou a denunciar a insuficiência de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Ponta Grossa, destacando que a população tem enfrentado dificuldades para receber atendimento rápido em situações de emergência.

Usando a tribuna da Câmara, Stocco disse ter recebido uma denúncia de fonte sigilosa – “e nós vereadores temos a premissa de guardarmos sigilo de fontes que nos fazem denúncias” – de que já estariam faltando ambulâncias Alfa para o atendimento de acidentes. Não houve informação de por qual motivo ocorre esta falta, nem o vereador entrou em detalhes.

O vereador lembrou que já apresentou uma moção de sugestão ao Executivo municipal, propondo a criação de um programa de atendimento de traumas a nível local. Mas destacou que “é importante permanecermos no CIMSamu, pois somos uma cidade polo e temos a responsabilidade de nos portarmos como cidade grande que dá apoio às menores. Porém, precisamos pensar na nossa gente também”.

Ele destacou que o investimento em saúde nunca é demais, e a estrutura atual do SAMU não tem sido suficiente para atender à crescente demanda da cidade.

A sugestão de Stocco tem por objetivo complementar o serviço regional prestado pelo Consórcio Intermunicipal SAMU Campos Gerais (CIMSamu), com uma estrutura própria voltada ao atendimento de traumas e urgências dentro do município. Segundo o parlamentar, a medida não busca romper com o consórcio, mas sim reforçar o atendimento à população local, especialmente em casos em que o tempo de resposta pode ser decisivo.

CIMSamu nega

Questionado pelo Portal Mareli Martins, o CIMSamu negou que Ponta Grossa esteja em risco de perder ambulâncias. Segundo o consórcio, o município conta atualmente com cinco viaturas de Suporte Básico de Vida (SBV), duas viaturas de Suporte Avançado de Vida (SAV) e um helicóptero aeromédico, todos habilitados e qualificados pelo Ministério da Saúde, conforme a Portaria nº 1.864/2003.

Segundo a nota, a legislação federal recomenda uma ambulância SBV para cada 100 mil a 150 mil habitantes e uma SAV para cada 400 mil a 450 mil habitantes. Com cerca de 370 mil habitantes, Ponta Grossa deveria ter, no mínimo, três ambulâncias básicas e uma avançada. No entanto, opera com cinco SBVs e duas SAVs, superando os parâmetros exigidos.

O consórcio também informou que não há qualquer determinação de redução da frota. Pelo contrário, há previsão de ampliação conforme o Plano de Ação Regional (PAR Estadual), que está sendo discutido tecnicamente entre os entes federativos.

As ambulâncias permanecerão distribuídas conforme critérios operacionais definidos pela Fundação Municipal de Saúde em conjunto com o CIMSamu, garantindo cobertura adequada e resposta rápida às ocorrências em Ponta Grossa e nos demais municípios atendidos.

Debate continua

A divergência entre a percepção da população e os dados oficiais do CIMSamu evidencia a complexidade do tema. Enquanto o consórcio afirma que a frota está acima da média exigida, moradores e representantes políticos apontam falhas no atendimento e sugerem reforços locais.

A sugestão de um programa municipal de atendimento a traumas pode representar um avanço, desde que articulada com os serviços já existentes e com planejamento técnico adequado. O debate sobre a saúde pública em Ponta Grossa segue como pauta importante para o município.

Com a colaboração de Eder Carlos Wehrholdt, estagiário de Jornalismo, conforme convênio de estágio firmado entre o Portal Mareli Martins e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

 

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